Tio Chico Informa nº 237
Professor Jonas Iacovantuono, diretor e juiz do CAFIB há 32 anos, comenta novamente as incongruências na concepção da nova tese do novo “OFB”…
Já que até hoje o mentor do “OFB”, cachorro que tem cabeça triangular (!!??), não respondeu as 10 simples perguntas formuladas pelo Tio Chico sobre esta nova invenção de uma nova tese de um novo tipo canino denominado OFB, formuladas a partir de 6/11/18, Tio Chico as lista abaixo novamente…
Amigos e amigas do CAFIB e do Fila Brasileiro (FB),
- Recebi do nosso querido amigo, o Professor Jonas Iacovantuono, diretor e juiz do CAFIB há 32 anos, mais um email comentando as incongruências na concepção da nova tese do novo “OFB”, cachorro que possui cabeça triangular (!!!), o qual segue abaixo na íntegra para conhecimento de todos, inclusive do mentor do OFB, já que todos os emails do Tio Chico são enviados diretamente para o email dele:
1 – De: Jonas Tadeu Iacovantuono <jtiacovantuono@yahoo.com.br>
Enviada em: domingo, 24 de fevereiro de 2019 06:51
Para: Fila Brasileiro <fbcp2009@uol.com.br>
Assunto: Fila Brasileiro / ofb
Tio Chico,
O Fila Brasileiro, raça canina (1) genuinamente nacional, já há muito tempo suscita inúmeras discussões, que muitas vezes agregam pensamentos e ações, mas também, em inúmeras ocasiões despertam paixões radicalizadas, agressivas e infundadas. Nesse contexto vou me permitir opiniões pessoais, embasadas em um conhecimento sempre a construir e em experiências de vida, seja um cotidiano ligado a essa raça desde muito tempo. Muito importante um primeiro dado: me expresso por essa raça canina, por sua criação. O aspecto clubístico que também permeará o texto é decorrência do assunto FILA BRASILEIRO.
(1) Pode ser compreendido o conceito de raça como a manutenção de tamanho, comportamento e aparência de um conjunto de exemplares ao longo do tempo independentemente das regionalizações. Seja: fenótipo (características morfológicas, fisiológicas e comportamentais) e genótipo (constituição genética do indivíduo).
Ganhou corpo em redes sociais a tese de que o “fila moderno” não apresenta os caracteres do “fila original” que existia há tempos nas fazendas e rincões distantes da vida urbana.
Impõe-se uma questão: o que ou quem é o “fila moderno”? Onde é encontrado?
Pelos vídeos e textos que circulam na web colocou-se em um único balaio todos os “filas” não considerados “originais”. Ora, e quem ou o que é o “fila original”?
Essa tese acaba em si mesmo pois descarta homogeneidade através das fotos e vídeos postados para “sustenta-la”. Como fato mais recente um vídeo apresenta dois OFB, uma fêmea de 4 anos e um filhote de 90 dias, presenteados ao criador pelo mentor da tese. Na apresentação o próprio criador/adestrador reconhece que a fêmea tem orelhas altas, pequenas, pouca pele e o filhote orelhas grandes, inserção mais baixa e mais pele. Isto é: 2 tipos distintos, diferentes. Qual representa o OFB?
No entanto o “temperamento” de ojeriza a estranhos é enaltecido.
Essa é a discussão que dá pano pra manga.
Há mais de 40 anos impôs-se discussão semelhante: porque a entidade mater da cinofilia nacional registrava como se “filas” fossem animais evidentemente frutos de miscigenação. É de notório conhecimento que nesse contexto surgiu a e depois o CAFIB com um claro propósito: preservar o Fila Brasileiro tal e qual encontrado “nas fazendas e rincões distantes da vida urbana” conforme o padrão rácico descrito por observação que ganhou texto inicial em 1946 por Paulo Santos Cruz (PSC) e outros, sendo aprimorado e complementado também por PSC e outros até 1978 quando levando em consideração tempo, espaço delimitado, conhecimento cinófilo concluiu-se pelo PADRÃO descritivo e minucioso. Esse padrão contemplou 30 anos de observação de um legado da natureza realizado por um grupo de cinófilos e ganhou instrumento capaz de propor, analisar, fundamentar, manter e difundir seus caracteres, através da propagação do conhecimento, de uma Filosofia de Criação e de rigidez e intransigência contrárias a alterações casuísticas e interesseiras. Isso vem sendo realizado há 41 anos.
Ao distinguir Originais e Modernos é utilizada tese igual a pretensas justificativas mestiçadoras dos anos 70 quando seus defensores apontavam cães de fazenda e da cidade. Isso permitiu naquela época os “cruzamentos selecionadores” com a mestiçagem do sangue Fila Brasileiro com de outras raças para se “ganhar” peso, massa e docilidade. E isso deu na salada genética que até hoje perdura muito bem apresentada e difundida pelo Tio Chico em suas centenas de publicações. Não nego e concordo que existem muitos “filas” pesadões, extremamente massudos, dóceis, apáticos que são “registrados”. O combate a isso é um dos grandes motivos da existência da Filosofia de Criação do CAFIB. E como é possível dimensionar a preservação da raça, conforme encontrada, descrita e observada em grande parte do território nacional nos anos 40,50,60 e 70?
Seleção, controle e aplicação do Padrão. Análises de Fenótipo e Temperamento (AFT). Por quem?
A utilização do padrão e Filosofia CAFIB é feita por quem cria, Entendendo que o padrão descreve o Fila Brasileiro, os aficionados da raça, do campo e da cidade, buscam sua manutenção valendo-se dessa Filosofia.
As ATF ficam a cargo dos juízes que comungam os conhecimentos possíveis já produzidos realçando as qualidades rácicas estabelecidas no padrão, visto que todos e quaisquer desvios deste devem ser penalizados. O juiz também faz parte dos aficionados e todos são ou foram criadores.
Dessa forma há 41 anos o CAFIB defende e propaga o FILA BRASILEIRO tão bem descrito no padrão elaborado por PSC e colaboradores em 1.978, e que no decorrer de sua história analisou mais de 6.000 exemplares. Esse dado estatístico, comprovado, é banco de informações inigualável na cinofilia brasileira (e mundial?)
Mas apresenta-se a grande questão, ou melhor, conceito: funcionalidade. O Fila Brasileiro deve ser funcional. Mas isso é lógico pois caso contrário, por que cria-lo? No entanto surgiram justificativas sobre a “não funcionalidade” pois o “moderno” é avaliado somente por suas características externas deixando-se de lado sua funcionalidade do campo. Vejamos, ainda que sem comprovação científica e exata, dentre as teses da origem da raça, o caldeamento entre raças europeias no Brasil Colônia e Imperial permitiu o surgimento do Fila Brasileiro, encontrado nos rincões brasileiros no início do século passado. Outras teses carecem de fundamento mais que essa. Aportaram no Brasil Portugueses, Franceses e Holandeses. Em muitas naus, por motivos diversos, vieram cães. Em 1808 por exemplo, conforme documento no Arquivo Nacional no RJ, na célebre viagem de D. João VI, 21 cães foram embarcados. Sabujos e alguns mastins e buldogues. 17 chegaram vivos. (que fim levaram?)
O que interessa no entanto é a “funcionalidade”. Na relação homem/cão que remonta, de acordo com fontes diversas, de 15.000 a 30.000 anos, as primeiras funções estabelecidas foram companhia e caça. Agrega-se proteção com o tempo e outras características (ou funcionalidades) do Fila Brasileiro, como. boiadeiro, condutor e onceiro. Isso nos leva à História, a relatos antigos, realizados nos sertões, principalmente nos deslocamentos de gado, numa época sem caminhões ou vagões de trem. Adentrando pelo interior mineiro, mato-grossense, goiano, a criação extensiva necessitava de segurança para repelir principalmente o ataque de onças. O Fila Brasileiro foi, portanto, elemento fundamental nesse contexto. Por sua constituição especial de pele grossa e solta, de dobradiça que facilitava suas mudanças rápidas de direção, faro apurado, equilíbrio de comportamento, segurança e valentia, agilidade e resistência, foi o Fila Brasileiro elemento fundamental nesta época, a ponto de ser chamado “onceiro”. Interessante e representativa a capa do Boletim “O Fila”, número 2, de janeiro de 1979. Por conta das constantes viagens para a lida com o gado, defendendo-o dos felinos, e nem sempre alimentados, a não ser com angu de milho jogado ao chão, competia-lhe também “buscar a comida”. Para isso embrenhava-se nos matagais e muitas vezes o coitado voltava com os espinhos do porco ou ouriço cravados em seu focinho. Sofria ao serem arrancados, normalmente com o uso de alicate, mas portava-se com bravura aceitando a dor do tratamento. Mas esses comportamentos de “onceiro e caçador” só se tornaram possíveis por sua ascendência genética, apurada e aprimorada pela Natureza, que fizeram equilibrados e intrínsecos seu caráter forjado na luta, seu sistema nervoso seguro e seu temperamento de valentia e proteção.
Compete hoje a seus criadores e proprietários, em contextos que nada lembram o passado, pois agora são jaulas, pequenos espaços, quintais cercados e rações industrializadas, o compromisso da preservação do legado, assim como do investimento no “aprimoramento”, conceito este que pressupõe afastar da procriação todo e qualquer indivíduo que não reúna o conjunto de caracteres funcionais, somáticos e psíquicos, do puro, único e extraordinário CÃO FILA BRASILEIRO. Naturalmente, os exemplares não expressam a PERFEIÇÃO do PADRÃO, exceto em casos especiais; mas, desde que nele inseridos, que o aprimoramento seja uma busca constante.
Nesses 41 anos de ações coordenadas a aplicação do PADRÃO vem alcançando resultados excelentes. NÃO para se obter Original ou Moderno, mas para preservar e difundir o FILA BRASILEIRO.
Uma forma que é excelente instrumento de verificação é a realização de exposições após as AFT. O que então é objetivado? Avaliar-se o plantel nos mais diferentes lugares. A quase totalidade dos cães é criada em canis e quintais. Pouquíssimos vem de fazendas, soltos e desenvolvido em matilhas. E nesses casos há a interferência direta de seus criadores em seu manejo, inclusive ou principalmente para os acasalamentos para evitar-se miscigenações indesejadas. Não há “criação de autócnes” dentro da raça. Os frutos sem o controle humano são mestiços ou até mesmo Sem Raça Definida (SRD) com traços do Fila Brasileiro. O excelente arquivo fotográfico e de vídeos postados como OFB demonstram uma total falta de homogeneidade racial. Alguns exemplares fotografados são Fila Brasileiro de qualidade. A maioria, nem semelhantes são. Não vou discutir aqui a tese que me parece oportunista, espúria e não comprovada, ainda que teoricamente seja bem construída.
Quanto às exposições. São meio, instrumento de observação e avaliação. O Fila Brasileiro não precisa de troféus, pontos ou medalhas. Mas nós, seres humanos, nos utilizamos desses mecanismos para satisfação própria nos dando a certeza de trilhar caminhos corretos. Não é possível avaliar-se se o cão apresenta as características de todas suas “funcionalidades”. Avaliá-lo como cão de filar é possível. Como companheiro, idem. Sua coragem e determinação os testes de temperamento, ainda que simples, reproduzem situações concretas. Onceiro e boiadeiro, bem, convenhamos que soltar onças ou bois em pista não daria certo.
Desde os primórdios da raça, entretanto, emergiu sua função de guarda. Dessa forma convencionou-se a avaliação dos exemplares pela aplicação do padrão pelo Fenótipo e Temperamento. Concedendo-me licença didática apresento, na característica temperamento, fundamento da funcionalidade de guardião o Fila Brasileiro: conjunto psíquico, envolvendo caráter, sistema nervoso e temperamento, entendo que para um bom conhecimento seja necessário ler os artigos publicados no Boletim Mensal do CAFIB, distribuídos entre o número 1, de dezembro de 1978, até o número 42, relativo a maio-junho-julho de 1983.
Apesar de ser publicação de mais de 40 anos atrás, nada é mais atual; sob meu ponto de vista, nada tem o cabedal de conhecimentos sobre o Fila Brasileiro que se compare. Dentro da temática que abordarei, inicialmente cito os artigos já publicados que formam a base sobre a qual pretendo consubstanciar minha visão. Por experiência e observação, estou convicto de que nada apresentarei de novo, pois o fundamental já foi expresso. Assim sendo, sugiro que os interessados na raça Fila Brasileiro procurem informações junto aos seguintes textos nos Boletins do CAFIB:
- 03 – O temperamento (Socrático) do Fila – Paulo Santos Cruz;
- 07 – O que o criador deve saber sobre adestramento – Américo Cardoso Santos Júnior;
- 11 – As várias fases do temperamento do Fila – Paulo Santos Cruz;
- 12 – Os fatores que contribuíram para a formação da raça Fila – Paulo Santos Cruz;
- 17 – O que você precisa saber sobre o caráter, temperamento e sistema nervoso – Paulo S. Cruz (esse texto é o mais completo, atual e emblemático sobre o tema);
- 22 – A agressividade do Fila, uma demonstração de primarismo? – Paulo Santos Cruz;
- 28 – Padrão comentado – Paulo Santos Cruz;
- 38 – O Temperamento do Fila – Américo Cardoso Santos Júnior.
Mesmo não apresentando o novo, ou novas ideias, a abordagem em seu primeiro momento diz respeito às Exposições e aos comentários e sugestões que ora se expandem via redes sociais.
Então copiamos Paulo Santos Cruz, no Boletim O Fila n. 17:
“caráter: é um complexo de qualidades, de modos de ser, inerentes à raça; entre os quais identificamos: índole, capacidade afetiva, capacidade volitiva, estabilidade, firmeza, feitio moral, psiquismo, etc….
Temperamento: pode ser definido como o modo do indivíduo reagir a um estímulo externo. É outro conjunto, composto por coragem, destemor e até temeridade; agressividade, instinto de defesa, de proteção. Embora acionado por estímulos externos, sua manifestação é orientada também pela afeição, pela amizade, como causas determinantes do dever, da dedicação, do sacrifício.
Sistema nervoso: é algo físico, independe da vontade; e determina e regula a emocionalidade. ”
“…. Não há fronteiras nítidas entre os três: um influi no outro…”
Aos “fileiros”, sejam criadores, expositores, apresentadores ou simplesmente espectadores aficcionados, cabe uma questão: numa exposição como deve o Fila Brasileiro se comportar? Basta um salto de ataque, quando provocado? Morder e retirar a manga de proteção do figurante/cobaia? Latir incessantemente? Tentar atacar outros cães, latindo sem parar? Reagir ao cobaia de maneira fulminante e voltar para junto de seu condutor?
Creio que qualquer um de nós pode avaliar e responder. O Fila Brasileiro, dentre suas qualidades e equilíbrio não é uma fera selvagem. É um guardião de território, de pessoas, de coisas. Seus conhecidos ele inclui como sua posse. Demonstra carinho e respeito. E, sob qualquer ameaça, reage com convicção. Não dá o espetáculo de um só salto: agride em diagonal ascendente, tentando morder o agressor. Preso pelos peitorais e enforcadores, estica a guia na tentativa de sucesso; retido pelo tirante, continua a investir mantendo-o esticado na tentativa de obter sucesso, mesmo não conseguindo abocanhar a luva, manga ou vara. É determinado e só recua puxado para trás por seu apresentador. Ainda assim, após tal peleja não deixa por um só instante de ficar “marcando” aquele que o atacou. Portando-se calmamente em pista, demonstrando sua firmeza de caráter, estabilidade de sistema nervoso e voluntariedade no ataque (por defesa), o Fila Brasileiro expressa suas origens de guardião com as qualidades que lhe são peculiares.
Mas…por vezes, o ataque é voluntarioso. Provocado o cão ataca; e se o cobaia continua a insistir, ele, abocanhando ou não o objeto utilizado na prova, “cisca” ou recua para perto do apresentador. O tirante ou guia, ou corda, nada mais têm de esticados: dobram-se pelo solo. E a cada provocação repete o comportamento: vai, investe, mas volta rapidinho. Por vezes, com objetos à mão do cobaia, diferentes e desconhecidos (cadeira, caixa, …), alguns dão a famosa mordida e imediatamente retornam à proteção de seu condutor, quando deveria ser o contrário: proteger.
Outros, ao adentrarem a pista, mostram que chegaram: latem, rosnam, descontrolam-se com seus condutores; ao circularem pela pista, preocupam-se em provocar brigas, principalmente com os cães que seguem atrás. É uma apresentação confusa. Na hora de demonstrarem sua utilidade como guardião, resumem sua performance a bastante barulho e pouquíssima ação: educado, o cão pode e deve ser. Adestrado para ataque, nunca! Isso só mascara seu desequilíbrio de caráter, sistema nervoso e temperamento. O bom indivíduo é aquele que reage aos estímulos, que percebe o perigo. Qualquer estranho que dele se aproxima o faz reagir; não desperdiça latidos. Ao andar ou trotar, o faz com segurança e altivez. Ao enfrentar o estranho que o ataca, reage firme e destemidamente: luta para vencer. Não recua por causa de estampidos, gritos, da vara sendo lançada sobre ele. Entrega-se à vitória, no embate. Levado de volta a seu apresentador (seu amigo, sua posse), mantém-se atento como bom guardião. Sua valentia foi despertada e, enquanto houver a presença daquele estranho, não ficará relaxado: manter-se-á calmo, mas com olhar vivo e atento.
Se o cão, num certame, em território que não é o seu, após horas de viagem, sob o estresse provocado pelo ambiente, apresenta-se com segurança e determinação, indiscutivelmente é um indivíduo apto a disseminar seus genes. Se, no entanto, falta-lhe convicção, descontrola-se no ambiente, apresenta-se mecanicamente, buscando a guarida do adestramento, creio não servir ao aprimoramento e manutenção da raça. Não é permitido idealizar o Fila Brasileiro. É fundamental que se reconheçam as suas qualidades (verdadeiras, inatas) para sua efetiva preservação.
Tio Chico, ao discorrer um pouco sobre o FILA BRASILEIRO entendo estar contribuindo para a difusão de conhecimento sobre a raça. O prisma histórico rebate automaticamente teses e teorias “inovadoras” calcadas exclusivamente em posturas e visões individuais com claros propósitos promocionais. “Conhecedores” se apresentam aos “montes” nas redes sociais com alegações incompreensíveis e vazias com o único propósito de conturbar a criação do FILA BRASILEIRO, que não tem a necessidade de possuir em seu nome adjetivos quaisquer para ser compreendido.
Abraços, Jonas
Linkoping/Suécia, 24/02/19
- Perguntas e comentários sobre o OFB, cachorro que possui cabeça triangular (!!!???), formuladas a partir de 6/11/18 pelo Tio Chico, Marcelo Zuliani, Joaquim Liberato Barroso (Quinzinho), Cristiano Gherardi, Jonas Iacovantuono e Fabiano Nunes ainda não respondidas e comentados pelo mentor do OFB, todas encaminhadas para o email deste mentor e postados no blog https://filabrasileirochicopeltierblog.wordpress.com/:
1. Desde o início do CAFIB o próprio Dr. Paulo Santos Cruz reprovou o fenótipo recentemente apresentado da nova tese do novo tipo canino intitulado OFB (vide muitas fotos de cães REPROVADOS na AFT do CAFIB, cujo fenótipo se assemelham ao do OFB em https://filabrasileirochicopeltierblog.wordpress.com/2019/01/18/post-608-uncle-chico-newsletter-230-the-misuse-of-the-photo-of-the-mastodon-fila-orixa-which-was-never-from-parnapuan-kennel-breeding-about-the-fake-filas-photos/ e em https://filabrasileirochicopeltierblog.wordpress.com/2016/05/09/post-n-362-perguntem-ao-tio-chico-no-131-o-inicio-da-formacao-do-plantel-cafib-quase-40-anos-atras-demonstrado-via-fotos-das-primeiras-afts-o-trabalho-unico-de-recuperacao-e-apr/). Então, por que os inventores do OFB ainda insistem em tentam usar e se apegam ao reconhecido e respeitado nome do Dr. Paulo ?
2. Os cães da Península Ibérica que seriam, segundo o mentor do OFB, a origem do FB possuíam TODOS cabeça triangular. Como então explicar sua contribuição na cabeça braquicéfala, grande, pesada e molossóide do FB ?
3. Não existe nenhuma prova de que estes cães ibéricos tenham sido embarcados, viajado em caravelas por 3 meses e, de fato, chegado ao Brasil. Seria possivel discordar desta afirmação do Tio Chico apresentando dados históricos comprovados e não meras suposições superficiais que mais lembram as capengas teses de Procópio do Valle e João Batista Gomes ?
4. Se todo o conhecimento do Dr. Paulo foi consolidado no CAFIB a partir de 1978, por que tentar insistir e se reportar ao escritos do Dr. Paulo nas décadas de 50/60 e ao primeiro padrão do FB do BKC/KCP quando ele era ainda jovem e se iniciava na criação do FB ?
5. O FB não merece correr mais uma vez o risco de ser divido em outros fenótipos. Por que os defensores do OFB insistem nesta divisão ?
6. O FB já foi resgatado pelo CAFIB há 40 anos. Por que tentar inventar um novo e desconhecido caminho para o que já foi construído corretamente e com sucesso ? Seria receio de se associar ao CAFIB e ter que seguir regras aos quais todos os diretores, juízes e sócios se submetem ? Seria receio de ter seus cães reprovados nas AFT do CAFIB ou de seus cães serem mal classificados numa Expo do CAFIB ? Por que pretendem continuar numa cômoda zona de conforto e apenas no simplista âmbito da criação do seu canil ? Isto é, por que tentar adaptar o Verdadeiro Fila Brasileiro PURO ao tipo de cão que se encontra dentro do canil do mentor do OFB ?
7. Por que o idealizador e os simpatizantes do OFB não comentam a comparação das fotos dos cães Fila Brasileiros criados e registrados no CAFIB com os novos OFB;
8. Afinal, por que os admiradores do OFB até agora não informaram claramente que linhas de sangue estão de fato usando para fabricarem o OFB ? Por que não dão todos os nomes dos cães, dos seus fazendeiros e nome das fazendas / localidades que estão sendo utilizados nesta nova experiencia ? Por que o mistério ? Seriam esta origem baseada em linhas de sangue na verdade de muitos cães do CAFIB e até do CBKC e por isto tiveram que aceitar o “fila-preto” ? Onde está a transparência ? Afinal, o CAFIB selecionou seu plantel clara e abertamente nas pistas de AFT e em Expos na presença de todos os fileiros e divulgando grande parte destes resultados na imprensa ? Lembrando que para cada cão que participava de uma AFT do CAFIB, seu proprietário recebia uma súmula com o nome e as características principais anotadas e, além disto, eram fotografados e até pesados !!!
9. Por que o idealizador do OFB levou 45 anos desde o início da mestiçagem ocorrida no FB e quase 10 anos depois do lançamento do seu Manifesto (vide em https://filabrasileirochicopeltierblog.wordpress.com/2019/01/10/post-604-tio-chico-informa-no-228-tio-chico-acrescenta-rapidos-e-importantes-comentarios-ao-seu-ultimo-artigo-sobre-o-ofb-duvidas-e-questoes-que-levantei-sobre-a-nova-tese-do-novo-tipo-canino/ ) para descobrir que o Fila Brasileiro não é Fila Brasileiro, mas sim OFB !!!???
10. Por que insistir em projetos de realização pessoal e egocêntricos que jamais deveriam estar acima do Cão de Fila Brasileiro ?
Da minha parte, como faço desde 1974, continuarei sempre a defender o nosso querido, tradicional e ORIGINAL Fila Brasileiro PURO de sempre. Mas sempre com educação, respeito e argumentação sólida.
Desta forma, continuo aguardando as respostas às perguntas acima relacionadas do mentor do OFB e para o qual envio diretamente todos os meus artigos,
Abraços, Chico Peltier.